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terça-feira, 22 de julho de 2014

Bate papo...

Quando me refiro à alimentação, tenho muito cuidado em não ser repetitiva neste tema, visto que já tenho um rótulo... O de Nutricionista, ou seja, pessoa totalmente a favor de uma vida saudável e adepta de uma alimentação correta.
Mas quando olho nos olhos das pessoas e vejo a necessidade de aderir a esta tão sonhada vida saudável, quando vejo a necessidade de emagrecimento em um obeso mórbido, um diabético que não consegue conviver com tantas restrições e disciplinas impostas, o hipertenso que vive descompensando porque não consegue mudar hábitos que, para mim, são tão comuns e diários, de fato não me sinto repetitiva e nem um pouco constrangida, mesmo que num evento social, eu me pegue no meio de um grupo de pessoas “explicando ou expondo conceitos inerentes a alimentação”.
Pena que a reeducação alimentar tem sido encarada por profissionais da área como algo taxativo ou mecânico. É como se tudo fosse simples... Já ouvi profissionais dizendo que “é só fechar a boca para emagrecer” ou “come, come, come e depois quer emagrecer”. Lamentavelmente, não enxergamos nas entrelinhas do tratamento, na verdade, olhamos a teoria e nos baseamos nos fatos vistos em nossas literaturas e utilizamos os conceitos já descritos para nos guiarmos na terapêutica.
Enquanto alguns se adaptam bem e conseguem êxito em seus prognósticos, muitos carecem da atenção devida do profissional, que muitas vezes está alheio a essas “entrelinhas” do diagnóstico.
O tratamento dietoterápico ou a terapêutica dietoterápica é e sempre foi interligada a análise psicossocial do ser humano. Impossível desvencilhar uma importância da outra, como é impossível priorizar uma da outra.
Cuidar do paciente é diferente de trata-lo. Olha-lo e dizer que se coloca a sua disposição, pode parecer óbvio, mas faz muita diferença na evolução clínica dele. O simples fato de se aproximar deste paciente nos aproxima mais de suas individualidades. Individualidades estas que tornam o tratamento único, personalizado e eficaz.

Ana Paula Corrêa
22/07/2014



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